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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Domingo, 31/07/2011 às 12h20 Albergues mudam e viram opção para viajantes solitários e famílias


Conhecidos por atrair público jovem e estudantes, albergues em Natal agora dispõe de espaços coletivos e intercâmbio cultural.

Por Marília Rocha

Foto: Elpídio Júnior
Albergue Lua Cheia é o preferido dos viajantes internacionais.
Um lugar que é sinônimo de aconchego, que substitui a casa de muitos viajantes e que proporciona o conhecimento de varias culturas: é assim que os conhecidos albergues – que agora se chamam hostels - se autodenominam em Natal. Mas no Rio Grande do Norte ainda são poucas as opções para quem procura leitos nos espaços, sendo três em Natal e um em Pipa.

O meio de hospedagem pode ter estilo rústico, caseiro e até ecológico, que agradam os mais diferentes grupos que vão desde famílias a viajantes solitários. Essa semana, o portal Nominuto.com visitou os albergues em Natal e conversou sobre as opções de interação que os espaços oferecem.

No albergue Lua Cheia, que é vinculado a rede Hostelling Internacional (maior rede de hospedagem do mundo com 4 mil albergues) é o preferido dos viajantes internacionais pela rede cadastrada com os albergues no mundo inteiro – que facilita o translado dos viajantes por todo o mundo – e garante a segurança na hospedagem com o pagamento de 10% do valor em Natal e os 90% no destino final.

Para o empresário Renato de Lucca, os albergues refletem a liberdade e o aconchego, itens ausentes na hospedagem em hotéis. “Os albergues foram criados por um professor na Alemanha para atender a demanda de cultura que os jovens precisavam [com programas de convivência] favorecendo a troca de informações entre os alunos”, explica. O albergue Lua Cheia tem estilo europeu, com instalações inspiradas em bruxas, com decoração e iluminação contextualizada com o tema. 

A gerente do Lua Cheia, Mary Bezerril apresenta as indicações conquistadas pelo albergue que está há 22 anos no mercado e conta o encantamento dos turistas pelo espaço. “Recebemos brasileiros e estrangeiros o ano inteiro e temos o cuidado de apresentar o melhor que a cidade tem para oferecer, além de deixar o hospede sempre à vontade promovendo o intercambio cultural entre eles”, argumenta.
Foto: Elpídio Júnior
Albergue Lua Cheia tem estilo europeu, com instalações inspiradas em bruxas, com decoração e iluminação contextualizada com o tema.

Os ambientes livres com espaços comuns de leitura e de alimentação que facilitam o convívio dos participantes é ponto em comum em todos os albergues, mostrando que o maior atrativo é o fortalecimento do vinculo de amizade. Então, qual é a diferença de um albergue (hostel) para um hotel ou pousada?

Na verdade, a diferença é que em um hostel as pessoas alugam um espaço para dormir – que pode ser em cama ou beliche – e não o espaço de um quarto todo. Além disso, os albergues são espaços de cultura e podem agradar os grupos que vem em busca de parcerias com outros grupos para passeios turísticos e até informações de outros destinos que ainda serão visitados. 

Os albergues foram criados há 102 anos para receber os viajantes que buscam preços acessíveis para uma acomodação por um dia, seguindo viagem logo após da indicação dos demais participantes dos albergues. Com o tempo, os critérios de necessidade mudaram e os primeiros usuários dos albergues viraram avós, passando a exigirem mais conforto e até privacidade e os quartos coletivos mudaram para acomodações individuais e até para casal mostrando que os espaços vêm se adaptando as mudanças da atualidade. 

Foto: Elpídio Júnior
Quem já se hospedou em um albergue conta que a experiência é mágica.
A hospedagem dos brasileiros e estrangeiros acontece durante todo o ano, mas no período de férias os albergues chegam a capacidade total de ocupação. Os estrangeiros são maioria nos meses de agosto a novembro e na época de réveillon e verão, motivados pelas belezas naturais da capital do sol.

Quem já se hospedou em um albergue conta que a experiência é mágica, onde as experiências na cidade se confundem com as estórias contadas pelos amigos. “Parece que estamos vivendo multiplamente quando escutamos as estórias dos amigos dos albergues”, comenta a estudante paulista Mariana Brito.

O Albergue da Costa é outro exemplo de como os albergues são sucesso no mundo inteiro. George da Costa, proprietário do albergue mostra os espaços coletivos de interação onde os hospedes podem até cozinhar. “Fazemos o possível para que o turista se sinta em casa. Aqui nosso foco são os viajantes solitários e nossas tarifas são as melhores”, argumenta.

O diferencial financeiro - ainda não comentado na matéria - também faz parte do leque de atrativos dos albergues com tarifas reduzidas em relação ao valor das pousadas e hotéis. As tarifas individuais e os planos para quem tem carteirinha oferecem descontos que podem chegar a 20% de acordo com a rede escolhida.

As áreas de redes, os serviços de internet sem fio e de compartilhamento de experiência fazem parte do trabalho diário dos apostadores das boas viagens. “Os quartos são divididos em masculinos e femininos e podem ser solicitados para grupos mistos e todos atendem ao padrão de qualidade estabelecido pelos albergues em todo o mundo”, afirma George da Costa.
Foto: Elpídio Júnior
Áreas de redes, os serviços de internet sem fio e de compartilhamento de experiência fazem parte do trabalho diário dos apostadores das boas viagens.

No albergue da Costa os hospedes tem oportunidade de serem também alunos de aulas de surf e de passeios turísticos, além da indicação de boas baladas e festas internas.

Para quem ainda não conhece, a dica é visitar os albergues em Natal e agendar uma visita a outros no mundo inteiro.
 

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