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quarta-feira, 6 de abril de 2011

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TRIBUNA DO NORTE

Ribeira se une por competitividade

Publicação: 06 de Abril de 2011 às 00:00

Renata Moura - editora de Economia

A Associação Comercial do Rio Grande do Norte apresentou ontem um esboço do que será o projeto “Ribeira Competitiva”, que pretende aperfeiçoar a gestão dos negócios,atrair novas empresas e melhorar a infraestrutura do bairro. A ideia é que as ações previstas – que ainda poderão sofrer acréscimos e alterações sugeridos por empresários da área - estejam formatadas no primeiro semestre e que os frutos comecem a ser colhidos ainda este ano.

emanuel amaralLançada na Associação Comercial a proposta para tornar a Riberia um bairro competitivo para o turismo, o comércio e o mercado imobiliárioLançada na Associação Comercial a proposta para tornar a Riberia um bairro competitivo para o turismo, o comércio e o mercado imobiliário
De acordo com o que foi detalhado ontem, a proposta inicial seria desenvolver ações de capacitação, com cursos e palestras para gestores e colaboradores, disponibilizar serviços de consultoria nas áreas financeira, de design, vitrinismo e marketing, estimular a  inovação em produtos e serviços, a utilização de novas tecnologias - a exemplo de mídias sociais - e o acesso a novos mercados, com a promoção de missões empresariais, por exemplo. Nesse sentido, o projeto deverá contar com o apoio do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae RN), que vem desenvolvendo um trabalho parecido no Alecrim – com o propósito de fortalecer e tornar mais competitivos os negócios.

Na Ribeira, a expectativa é, no entanto, que o poder público também se engaje na iniciativa, com a concessão de incentivos fiscais, incentivos culturais, promoção e valorização histórica do bairro e com ações também na área de infraestrutura. “A Ribeira cresce em ritmo acelerado. Há em torno de 1 mil unidades habitacionais sendo implantadas, que terão entre 4 mil e 5 mil moradores precisando de comércio, serviços, lazer e de toda uma infraestrutura”, disse o presidente da Associação Comercial, Sérgio Freire. “Com essa penetração do setor imobiliário abre-se espaço para que o bairro seja múltiplo, para que se tenha residências, mas também comércio, serviços, lazer e entretenimento”, continua.

A opinião é compartilhada pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomercio RN), Marcelo Queiroz. “O aumento do fluxo de pessoas gerado pela construção de edifícios é um estímulo ao desenvolvimento do setor”, observa. Ele exemplifica que haveria espaço para expansão de atividades como a farmacêutica e a de padarias.

Atualmente, 230 empreendimentos estão instalados no bairro, dos quais 57,83% desenvolvendo atividades no setor de serviços. O segundo maior número de negócios está relacionado ao comércio.

Grupos de trabalho deverão ser formados ainda esta semana para discutir e acrescentar novos pontos ao projeto. A expectativa é que na próxima semana comecem a ser realizadas reuniões internas para que as necessidades em cada área sejam levantadas e seja definido um cronograma de ações para o projeto. Os grupos deverão reunir entidades empresariais e os próprios empresários.

Serviço

Mais informações podem ser obtidas na sede da Associação: Tel: 84 3211.0501

Descobrir “nova vocação” é um dos desafios, diz jornalista

Na opinião do jornalista da TRIBUNA DO NORTE, Woden Madruga, a influência comercial que a Ribeira teve na cidade não poderá ser resgatada. Ele, que já morou e há décadas trabalha no bairro, observa que o comércio atual deslocou-se para os shoppings e que descobrir a nova vocação da área é um desafio. “Acho que essa vocação é histórica-cultural, uma área na qual o turista e também o natalense possam desfrutar da síntese e conhecer mais da memória e das manifestações artísticas da cidade”, comenta.

Ao contrário do que muitos podem achar, a Ribeira não é só a parte baixa, antes ocupada pelos mangues do Potengi. O limite para o sul é o lado direito da avenida Deodoro e a rua coronel Felinto Elízio. Depois, tem a rua Juvino Barreto, o rio Potengi e, fechando o quadrilátero, a Esplanada Silva Jardim, descendo pela Duque de Caxias até a rua São João. Para Woden Madruga, é preciso conhecer esse limites e dividir melhor o espaço. “É preciso ter bem definidos os espaços para o crescimento vertical, que vai atrair habitantes de volta ao bairro, mas também área para os serviços, o pequeno comercio”. Ele acrescenta: “E o mais importante: a Ribeira é um bairro tombado pelo patrimônio histórico, tem prédios a ser preservados, tem um traçado de ruas que não pode sair mudando a torto e a direito”. 

A proposta para tornar os negócios da Ribeira mais competitivos foi apresentada a uma plateia formada por empresários, representantes de entidades como Codern (responsável pelo Porto); CBTU (que cuida das ferrovias) e UFRN e também por jornalistas e representantes de instituições financeiras. Entre os problemas apontados foram citadas deficiências em segurança, iluminação pública e escassez de vagas de estacionamento.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Sílvio Bezerra, sugeriu que fosse desenvolvido no bairro um projeto semelhante ao do Rio de Janeiro, onde tem se estimulado melhorias em infraestrutura e atração de investimentos no entorno do porto.

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