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quinta-feira, 16 de junho de 2011

O MAR ABRAÇA Á TODOS !!!

publicado no diario de natal 15/06/2011


MANUTENÇÃO E MELHORIAS » Praia do Meio continua à espera de investimentos em urbanização
De Paulo Nascimento, especial para o Diário de Natal
Mesmo após várias promessas de melhorias e incentivos, vindas desde a época da construção da Ponte Newton Navarro, a situação da orla urbana de Natal, em especial nas praias do Meio, do Forte e dos Artistas, não se encontra como o esperado para uma cidade turística como a capital potiguar.


A falta de manutenção por todo o passeio público é visível em inúmeras partes. O madeiramento utilizado para proteção do calçadão está, em muitos pontos, quebrado. As pilastras há muito não recebem uma pintura, assim como o próprio calçadão, que tem as pedras soltas em inúmeros locais, atrapalhando o passeio do turista que quer conhecer as praias urbanas e do natalense que deseja visitar o local.


No início do ano, parte do calçadão da Praia de Areia Preta desabou e, até o momento, as obras de recuperação não foram concluídas. Os problemas não ficam somente na falta de manutenção, mas também passam pela ausência de estrutura física por toda orlapara receber os visitantes. Segundo Everton de Oliveira, proprietário de um dos 24 quiosques instalados ao longo da Praia do Meio, o estado de abandono é total. "Até agora só recebemos promessas. Por exemplo, falta banheiro para atender todo mundo e os lixeiros são poucos para a quantidade de pessoas que vêm para a praia" afirma o barraqueiro de 27 anos, que administra o "Quiosque dos Artistas".


Já a comerciária Nilza de Oliveira, 33 anos, reclama dos vendedores ambulantes. "Às vezes aparece a fiscalização para retirá-los, mas não passa muito tempo e eles voltam", afirma a garçonete. Para Nilza, o ponto positivo dos últimos meses, apesar da falta de estrutura do calçadão, é o policiamento realizado no local. Segundo o major Marlon de Góis, comandante da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur), as ações realizadas nos últimos meses fizeram as estatísticas de crimes caírem de forma substancial na área.


Mas, para os turistas, a imagem pintada da Praia do Meio ainda é de violência e abandono. Segundo a goiana Carmen Cardoso, 33 anos, tudo o que se fala sobre as praias urbanas é sobre como é perigoso visitá-las. "Os próprios guias falam que não é para vir aqui, devido o perigo que poderíamos correr. Mas, pelo que vi, não é nada do que falaram. O atendimento é ótimo e a praia muito agradável", ponderou a autônoma. A goiana somente visitou o local no último dia da sua temporada de férias de uma semana em Natal, apesar de estar hospedada a menos de 300 metros da Praia do Meio.


Revitalização da área segue parada


Após movimentações na iniciativa privada no início deste ano para um trabalho, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Seturde), visando a revitalização das praias urbanas da capital potiguar, até o momento o projeto está parado e nada foi feito no local.


Há investimentos já assegurados do Ministério do Turismo em Natal, mas a Praia do Meio ainda não será contemplada. No mês de março passado, por exemplo, a Prefeitura do Natal assegurou, junto ao Governo Federal, aproximadamente R$ 77 milhões através do Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), para a melhoria da infraestrutura em Ponta Negra e no Forte dos Reis Magos.


Em visita a Natal no dia 12 deste mês, o ministro do turismo, Pedro Novaes, afirmou que a cidade receberá, ainda em 2011, cerca de 150 milhões de dólares (aproximadamente R$ 243 milhões), para investimentos na infraestrutura turística. Segundo o ministro, metade destes recursos serão investidos na capital e o restante será destinado a outros destinos do Estado.

Publicação: 15/06/2011 06:47 Atualização: 15/06/2011 07:04

Um comentário:

  1. e-turismo
    por Antônio Roberto


    Arcoverde x Natal

    Arcoverde fica na divisa entre o sertão e o agreste de Pernambuco. Tem 70 mil habitantes. Alguma comparação com Natal? Ou com o próprio RN? Teria sim. No orçamento. Imaginem que a prefeitura de lá está investindo R$ 2,5 milhões apenas no São João. Isto mesmo: a metade do orçamento que o Rio Grande do Norte teve para promoções e divulgação do turismo durante todo o ano passado. Aliás, se formos fazer comparativos com orçamentos de outros destinos, o Rio Grande do Norte perde até para o Piauí, estado que menos recebe turistas no Nordeste.
    E por falar em verbas para o turismo potiguar, por onde andam aquelas emendas parlamentares coletivas tão comemoradas no ano passado, que trariam em torno de R$ 50 milhões para investimento em marketing do RN em 2011? Pelas últimas notícias, os cortes nos recursos já teriam deixado a verba em menos de R$ 10 milhões. O deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB) está abraçando a causa e começa a cobrar um Plano de Marketing do Turismo do RN ao Governo do Estado.

    São João na praia

    Caruaru e Campina Grande promovem mega São João, porém voltados para o turismo regional. Não há infraestrutura hoteleira ou gastronômica para voos mais altos. Ou seja: atrair turistas do Sul e Sudeste, muitos dos quais não conhecem de perto os festejos juninos. A indagação é pertinente: se Natal saísse na frente com um São João à beira-mar, confortável, de porte médio (não precisa tantas atrações musicais nacionais), bem organizado, com campanha publicitária, não captaria expressivo número de turistas numa época que costuma ser baixíssima temporada? Praia de dia, arraiá de noite. Paulista gosta disso, hein?


    Foco em Portugal

    A luta não pode parar. Portugal tem apenas dez milhões de habitantes e quase todos os portugueses que reúnem condições de viajar (financeira ou fisicamente) para o exterior já visitaram Natal. É fato. Mas é preciso manter o foco por lá. Até mesmo para que a Tap não suspenda os quatro voos semanais para cá, como já chegou a ser cogitado. O Ceará, por exemplo, que também está recebendo menos portugueses do que na década passada (tal como o RN), não deixa de fazer propaganda na “terrinha”. Fortaleza sediará até mesmo o Congresso dos Agentes de Viagem de Portugal (Apavt), em novembro. Natal já sediou este evento em 1998. Foi a partir dele, inclusive, que os turistas portugueses despertaram para os atrativos potiguares.

    Destaque O norte-rio-grandense Enrico Fermi, presidente da ABIH Nacional, vem se destacando como um dos dirigentes mais participativos e articulados, pelo menos no atual momento, do turismo brasileiro.

    Roadshow oportuno

    Iniciativas como o recente roadshow realizado pelo turismo do RN no Sul do país trazem retorno imediato. De 25 de maio a 3 de junho, mais de 20 hoteleiros, duas agências de receptivo e dois técnicos da Emprotur promoveram workshops nos mercados de Maringá, Londrina e Curitiba, no Paraná; Florianópolis, em Santa Catarina; e Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Caxias do Sul e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao todo, 707 agentes de viagem “visitaram” Natal. A ação de marketing deu inclusive sustentação ao voo semanal direto Porto Alegre-Natal, iniciativa da Tam e da CVC. Em agosto, o turismo potiguar fará outra série de workshops, desta vez apenas pelo Rio Grande do Sul.



    Um ângulo do turismo É incrível a boa imagem que Natal desfruta pelo Brasil afora. Numa rápida pesquisa (abordagem informal) com turistas que visitaram a cidade recentemente, ninguém apontou buracos ou sujeira nas ruas. Passaram dias de chuva, mas mesmo assim curtiram a praia nos intervalos de estiagem. Elogiaram os hotéis e os restaurantes. Ficaram impressionados com os canteiros floridos. Acharam, enfim, a cidade muito organizada. Evoluída. Em síntese: o “corredor turístico” de Natal (Avenida Engenheiro Roberto Freire-Via Costeira) realmente agrada e “esconde” os problemas urbanos.

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